domingo, 22 de agosto de 2010

Vexata quaestio...



Tenho tido nos últimos tempos umas discussões engraçadoilas sobre o problema derivado da questão: O que vestir para ir trabalhar? Em particular se, no desempenho de uma profissão que implique atendimento ao público ou naquelas outras que, não envolvendo sempre um contacto directo com o cidadão, implicam a demarcação de um certo campo de acção que envolve valores morais e sociais a proteger. Ora, isto levaria aqui uma eternidade de tempo a descrever toda uma teoria que faz escola por aí mas que, hoje em dia parece querer ser negligenciada. Ora, dizia eu. Para mim é simples, záscatrapaz. Se se atende público, vamos por exemplo para instituições públicas onde grassam balcões de atendimento e por aí fora. As meninas deixem-se de decotes, de chinelos havaianas, de vestidinhos como se para a praia fossem, unhas verde-berrante e ganchinhos no cabelo a fazer pandan com o topo da biqueira da sandália com uma cunha de 15 cm. Nesta parte do post já muitos me deverão ter endereçado nomes feios e além disso feios, mas. Ó meus darlings do coração, a sério. No vosso local de trabalho, sede mais discretos sim? E não me venham com a crise e coiso e tal, porque que eu saiba é uma questão de saber comprar, conjugar e reutilizar. E fazê-lo de uma forma inteligente. Ah mas depois vêm-me com o argumento que, ah e tal mas as pessoas devem andar vestidas de acordo com a sua personalidade, e a roupa não tem nada a ver com a profissão e isso não quer dizer nada, cala-te mas é ó Mademoiselle. Que é o que os meus amigos me dizem logo. Essas pessoas, aquelas que até andam com um trapo qualquer roto, com o cabelo espigado e as unhas roídas são verdadeiros cultores do progresso e doutorados e não ligam nada à maneira como se apresentam. Ai é? Então porque é que eu já os vi em congressos mais arranjadinhos, mais condizentes com o formalismo que se impõe? Ah pois. Mas eu até concordo com a questão de uma coisa não se ligar à outra. Mas há mínimos de decência. E convenhamos que um look clean, um cabelo tratado, umas unhas arranjadas (e para isto nem sempre têm de estar pintadas), e um sapatunfo proporcional ao corpo, em tudo dignifica um serviço público. Por aqui se vê também o desenvolvimento de um povo. Tenho dito. Aviso 1: Vocês até podem ser adeptos daquelas festas hippies ou serem mesmo góticos acabadinhos. Eu não tenho nada a ver com isso e sejam lá o que quiserem à vontade. Mas poupem-me a ver esse cenário diário no vosso local de trabalho. Aviso 2: Este tema ainda vai ser objecto de mais estudo. E até aviso já, que até vou colocar notas de rodapé, para explicar com detalhe cada tese que defendo. Portanto, instalem-se e opinem e contra-opinem. Ou maldigam. Estão à vossa inteira vontade.

Sem comentários: